quarta-feira, 30 de março de 2011

O ENCONTRO COM O NOVO


REVISTA UMA - fevereiro 2011



Os primeiros meses do tão esperado novo ano vêm sempre carregado de inúmeras expectativas, sonhos e esperanças.
As oferendas foram deixadas e os pedidos feitos. E a calcinha nova usada na virada foi mais um investimento na busca por melhor sorte. Rituais, costumes e tradições acompanham a transição do velho para o novo ano.
Como se costuma dizer: Ano Novo vida nova. As perspectivas relativas ao que se deseja realizar no próximo ano, são imensas: seja a busca um amor, um emprego, perder alguns quilinhos, ser uma mãe melhor, parar de fumar, realizar aquela viagem, e assim por diante. Todo recomeço de ano sugere então a expectativa de umrecomeço de vida”!
Diante de tantas metas traçadas se torna imprescindível o planejamento para realizá-las e concretizá-las.  Nesse processo se faz necessário um período de “fechamento para balanço”, umtime out”, depois da correria e do stress de um ano inteiro, que começa lentamente no ritmo que se acelera depois do carnaval.
Esse período é o momento ideal para o planejamento e a avaliação e, principalmente, as reflexões em torno das antigas expectativas.
O encontro com o novo é sempre surpreendente causando, conseqüentemente diferentes impressões e impactos.  Em determinadas situações, deparar-se com o novo pode ser fascinante, em outras, assustador. E o seu período de existência também pode variar, sendo assim aquilo que hoje é considerado novo poderá dentro de pouquíssimo tempo passar à condição de ultrapassado.
A expressão do novo se traduz através de diferentes comportamentos, posturas, atitudes e ações. O fascínio de poder contar com a possibilidade do novo está, sobretudo, na esperança de uma mudança, principalmente naquilo que você não está satisfeita.
Mas, quando a expectativa tende a ser positiva demais geralmente não se toma em conta os empecilhos e frustrações que certamente aparecerão durante no percurso. Por isso pode-se dizer que o novo pode ser facilmente idealizado e, portanto mais arrebatador será o impacto caso tudo de errado.  Nesse caso a novidade aparece e desaparece rapidamente, deixando somente um grande sentimento de decepção.
Porém, também pode sugerir aquilo que é totalmente desconhecido, justamente por não haver uma experiência prévia em relação a sua proposta. Assim, enquanto as “ferramentas” básicas para acolhê-lo ainda não tenham sido adquiridas, o novo pode se tornar temido e até mesmo sabotado.
Por vezes o tão esperado novo pode vir carregado de valores com os quais você, eventualmente, não está preparada para viver em harmonia com ele. É quando acontece antes hora, e pode provocar inquietação e transformar-se facilmente em ansiedade.
A infelicidade se faz presente quando um determinado novo é colocado em prática e não agrada, gerando facilmente culpa, raiva, tristeza e descontentamento, justamente por ter sido fruto da iniciativa de quem o desejou e acabou tornando-se vitima de seu próprio desejo.  No entanto o confronto com antigas expectativas pode ser mais surpreendente do que se imagina. É quando uma idéia já abandonada retorna, sinalizando que agora pode o momento para sua realização. Essa reaparição traz junto consigo a sensação de transitoriedade provando que os tempos mudam.
No decorrer do ano observam-se também aquelas metas que passaram por processos de amadurecimento e simplesmente desapareceram, abrindo espaço para outras mais bem adaptadas à realidade daquele determinado momento.
O encontro com o novo é uma tarefa ardilosa e pode ser deliciosa e fundamental para o crescimento e a satisfação pessoal.
O cenário em torno da reflexão e do planejamento do que se deseja, carrega a tonalidade das experiências individuais e a situação de vida de cada um nesse momento.  Portanto viva-o intensamente.



quinta-feira, 24 de março de 2011

OS HOMENS QUE NAO AMAVAM AS MULHERES



Matéria publicada na Revista UMA, março de 2010, após eu ter assistido, no original, o primeiro filme da triologia do sueco Stieg Larsson, "OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES",