sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SONHAR ENRIQUECE A NOSSA VIDA

Revista UMA


Frequentemente escutamos ou lemos a respeito dos sonhos. Uma amiga conta que sonhou com você, por exemplo, ou uma outra no trabalho diz que sonha em ser a chefe, já uma terceira amiga diz que sonha em ser um pássaro. Até aí nada demais!  No entanto o que se pode constatar é que o termo ¨sonhar¨ tem diferentes sentidos e conotações e dependendo do seu emprego e contexto, pode atribuir importância e sentido à vida de uma mulher.
Freud fez um minucioso estudo dos sonhos conseqüentes do ato de sonhar dormindo. A principio ele entendeu os sonhos como uma tentativa de realização de um desejo inconsciente. Porem se deu conta de que nesse caso, essa tentativa de realização já estaria fadada ao fracasso, pois acontece quando a pessoa esta dormindo, não consciente,  e sem possibilidades reais de ação. Se estendermos esse sentido da palavra “sonho”, seria então o caso de quando expressamos um desejo absurdo, uma ficção, uma utopia como o caso de sua amiga que sonha em ser um pássaro, pois sabemos que isso nunca acontecerá de fato. Nesse caso a ênfase estará na enorme dificuldade em tornar esse desejo real como na primeira conclusão do pai da psicanálise.

Mas, cá entre nós, o sonho que merece destaque e a que dedico especial atenção está no sentido figurado dessa palavra mágica. É o sonho carregado de expectativas, traduzindo nesse sentido um ideal, um objetivo real a ser alcançado, um desejo vivo e intenso que visa realização, como no exemplo da companheira de trabalho que sonha ser a chefe.  Nesse caso o sonho funciona como um impulso, uma força que move qualquer ser humano para frente. Ele esta por si só carregado de expectativas boas e melhor ainda quando esse tipo de sonho é tão intenso que chega a ser quase uma paixão seja em prol de si mesma ou de outras pessoas. Esses “sonhos projetos” são objetivos a serem alcançados e cumpridos em curto, médio e longo prazo.  Eles demandam empenho e trabalho, porém a mágica esta na energia trazida por ele, e pela maior coerência que atribui à vida da “sonhadora” conferindo mais sentido ao futuro. 
A falta desse tipo de sonho indica falta de esperança revelando que a vida se encontra em fase de estagnação. Para algumas pessoas o aumento da expectativa de vida não veio automaticamente acompanhado do aumento da expectativa de objetivos e realizações. É justamente nesse momento que você precisa despertar para a vida e o primeiro passo é projetar seus sonhos.

Sonhar e ir atrás da realização desses sonhos enche o futuro de esperanças e traz sentido ao presente.  

Então o que você está fazendo aí parada? Arregace as mangas e busque seus ideais; Realize seus sonhos e dê sentido mais sentido para a sua vida !

sábado, 11 de agosto de 2012

O QUE SERIA DE NÓS SEM O AMOR ?!

REVISTA UMA



O amor é um sentimento universal, aparentemente simples e, ao mesmo tempo,bastante complexo, tanto na maneira de entendê-lo quanto na forma de expressá-lo.

 Para a escola inglesa contemporânea de psicanálise, a criança, já logo após o nascimento,busca o olhar da mãe e, por meio desse encontro, estabelece uma relação intensa. E, acredite, o amadurecimento psíquico saudável do bebê vai depender muito da qualidade dessa relação. Para isso acontecer, exige-se por parte da mãe uma boa capacidade de empatia, ou seja, que ela consiga compreender, decodificar, espelhar e confirmar a necessidade de seu filho a cada instante. Porém, é claro, isso acontecerá sob a influência do colorido da afetividade da própria mãe. Essa constante dinâmica e a qualidade dessa relaçao são de extrema importância na formação dos alicerces do amadurecimento emocional e da vida afetiva da criança. Sendo assim, tanto no caso da menina quanto do menino, o primeiro “objeto” de amor, que é a pessoa que supre o que a criança necessita naquele determinado momento, é a mulher.

 Essa relação pode também se estabelecer com um substituto da figura materna, mas o importante é que a qualidade dessa relação seja, para a criança, suficientemente boa e satisfatória. Além disso, a condição biológica da mulher de gestar, parir e amamentar somada à cultura faz com que ela tenha um comportamento mais voltado para o cuidado com o próximo e, consequentemente, maior capacidade de entendimento e de doação. Com isso, o amor se torna um sentimento de grande importância na vida de uma mulher, não apenas o amor “homem-mulher”, mas o amor ao próximo como um todo.

 O espaço para a prática da doação e expressão do amor ao próximo tem se mostrado mais reduzido à medida que a demanda da vida atual incentiva o individualismo. O que tem acontecido é que essas mulheres descrevem um sentimento de inutilidade que nem sempre é percebido por elas, já que estão ocupadas com questões mais práticas. Então, o que acontece com essa capacidade de doação quando não se tem a oportunidade de atender a esse sentimento? Muitas vezes, doenças psicossomáticas e depressão são recorrentes nesses casos.

Ah, e cuidado! Estamos falando de uma doação equilibrada, aquela que proporciona e devolve uma forma de bem-estar, sempre.




Portanto dar e receber amor na dose certa é indicado para uma boa saúde física e, claro, psíquica. Pense nisso!

domingo, 17 de junho de 2012

PADECER OU NÃO NO PARAÍSO ?

REVISTA UMA - Edição 132




Antes das mulheres entrarem no mercado de trabalho, casar e ter filhos era automaticamente o destino delas, porém quando isso não acontecia é porque havia algo ¨errado¨.

Com a conquista do mercado de trabalho e desenvolvimento de carreira, o papel da mulher na sociedade deixou de ser tão fortemente vinculado à maternidade no que diz respeito à realização pessoal. Esse desvio de foco gerou mais espaço para que a expressão do maravilhoso e temido papel de ser mãe mudasse.

No nosso pais, a quantidade de mulheres que esta optando por não ter filhos vem aumentando e consequentemente o numero de filhos por brasileira vem caindo.

Sim, engravidar já está fora dos planos de cerca de 15% das mulheres. Considera-se que elas não veem mais como uma obrigação conciliar casamento, maternidade e uma carreira. E os motivos que as levam a tal decisão são variados, dependendo da realidade e da experiência de vida de cada mulher: não ter ao lado um homem que considere o ideal par ser pai esta entre as principais razões para adiar a gravidez.

A questão financeira é outro quesito que influencia algumas mulheres a desistirem do projeto de ser mãe, pois consideram que uma boa educação demanda uma enorme quantidade de dinheiro. O "não à gravidez" pode também ter como causa o medo da deformação física, de não ser uma boa mãe, de ser abandonado pelo companheiro além do medo que o filho vivencie experiências ruins e sofrimentos semelhantes aos que ela própria passou.

Para algumas ainda, um filho representa uma grande responsabilidade por um período de muitos anos e uma pausa no desenvolvimento profissional.

Assim, se você estiver nessa indecisão, pense bem! Ao longo dos anos, as circunstancias podem mudar e a decisão tomada anteriormente pode, consequentemente, transformar-se.

À medida que a tendência do ¨não à maternidade¨ aumenta crescem também a forma e a frequência com a qual o tema é abordado. Atualmente fala-se mais e com menos constrangimentos. Aproveite essa abertura para avaliar se a decisão é preponderantemente sua ou se está sob a influência de sentimentos indesejáveis ou da situação em que você se encontra. Não pense somente no agora, leve em conta que seu envelhecimento será sem filhos e sem netos. Como será? Informe-se a respeito e especule de forma realista sobre como será a sua vida sem eles e também as possibilidades de ainda ser mãe alguns ou muitos anos mais tarde. Seja qual for a sua decisão, quanto mais segura e informada estiver, sempre será melhor!

NAO CONFUNDA VÍCIO COM APREÇO

REVISTA UMA - edição 131



Você já se pegou com a suspeita de que, de alguma forma, você está viciada em alguma coisa? Chocolate, namorado, compras excessivas, amigos ou até extremos que provocam danos irreparáveis como drogas, cigarros e bebidas? Pois fique atenta. Os vícios, na verdade, são anseios que não se saciam, e eles podem resultar em conseqüências bem dolorosas, muito maiores que o prazer obtido por meio deles. E é justamente por apresentar uma recompensa imediata que a prática leva o viciado a uma repetição contínua e entra em um labirinto difícil de sair. Mas é preciso ficar claro que o hábito por algo ou situação está mais ligado ao gostar, ao simpatizar. Diferente do vício, que é uma dependência.

Mas, de todos os aspectos, a parte que mais pesa, justamente na iniciação de um vicio ou dependência, é a psíquica. No caso do cigarro, por exemplo, o vicio geralmente começa na adolescência, a partir da vontade do jovem de interagir mais com o grupo. São raríssimos os casos em que o adolescente não se vicia e se torna aquele tipo que fuma "socialmente" ou só de vez em quando. Mas, de fato, existem hábitos envolvendo atividades ou situações que não viciam algumas poucas pessoas. Por isso, para você entender esse mecanismo, saiba que a dependência psicológica é a existência de um vínculo forte, relativos a: sensações de prazer, alívio da ansiedade, diminuição do sentimento de insegurança, sempre unindo a pessoa a uma coisa ou situação. Já a dependência química é quando o organismo ficou condicionado a funcionar sob o efeito de uma ou algumas substâncias. Porém, ambos os tipos estão sempre presentes em casos de vício.




Contudo, o grande vilão é aquele que aparece como bom e mau ao mesmo tempo. É o caso do álcool. Por ser considerado sociável, está facilmente presente em reuniões, festas, comemorações e, constantemente, dentro dos lares. Porém, todo mundo conhece pelo menos alguém com sérios problemas com esse falso amigo, podendo inclusive colocar a vida de outros em perigo, como no caso de dirigir alcoolizado. E as pesquisas e fatos que acontecem diariamente no mundo devido a essa infeliz união são notícias diariamente. A notícia boa é que já é constatado que a dependência física do álcool se resolve em poucos dias ou semanas. Porém a “saudade”, de experimentar de novo a excitação e a euforia proporcionadas pelo álcool pode demorar muito a passar. Também acontece que um vício seja substituído por outro mais aceitável e a principio menos prejudicial. Não é raro que uma pessoa quando para de fumar, começa a beber ou a comer muito mais do que fazia anteriormente.

Como se livrar de qualquer vício? Bem, antes de tudo é preciso reconhecer que é dependente, o fato que maioria dos viciados tende a negar, muitas vezes até o fim. Depois, a determinação e o bom senso para vencer o vício abandonando o prazer imediato em busca de uma recompensa futura maior darão o tom e a intensidade da guinada para mudar. Mas, os melhores resultados de tratamento são obtidos por meio da redução gradual da substância da qual se é dependente, combinado ao trabalho psicológico. No entanto, cuidado: se você já foi viciado em algo, estará sempre no limiar de retomar o vício a qualquer momento. No caso do cigarro, por exemplo, é dificílimo abandoná-lo e, quando se consegue essa vitória, o melhor é não se expor a situações de risco como “dar um traguinho”. Mas como em tudo na vida, o ideal seria o equilíbrio e o controle sobre a situação. Caso isso acontecesse, não existiriam os viciados! O grande conselho é: policie-se. Tudo bem, nem tudo funciona com radicalismo, mas observe e use sempre o bom senso para não cair nessa roubada.

terça-feira, 8 de maio de 2012

COMO VAI A SUA AUTOESTIMA ?

REVISTA UMA   edição 130

 


Se a sua autoestima está baixa, aprenda a cultivá-la, porque ela traz vitalidade, segurança, clareza na tomada de decisão e dificilmente alguém vai empurrá-la para baixo. No entanto e já descobriu o ponto-chave dela, você já tem metade do jogo ganho. É só administrá-la diariamente. Aliás, trata-se de um termo que tem recebido bastante destaque nos livros de autoajuda, tornando-se, a partir disso, mais corriqueira no dia a dia da mulher devido à abordagem, que está inserida nos contextos sociais contemporâneos.

Tecnicamente, o termo representa a avaliação que uma pessoa atribui a si. A construção dessa autoavaliação acontece desde a infância, se cristalizando mais tarde. E esse juízo sobre si se forma, então, a partir dos valores e julgamentos atribuídos à criança, principalmente a partir dos relacionamentos importantes, expressos por meio de afeto, elogios e atenção. No decorrer da vida, os ambientes de convivência reforçarão de maneira positiva ou negativa esse juízo a respeito de si. Mas aí vem a pergunta base: Como saber se a minha autoestima está perto do céu ou do inferno? O meio com o qual convivemos emite sinais que confirmam se a forma como agimos está de acordo ou não. Ela é considerada elevada quando há sinais de que se gosta do próprio jeito de ser, se você está satisfeita consigo e com a sua conduta: é o chamado bem querer! Com isso, as suas convicções sobre si são reforçadas, contribuindo para que ela se mantenha no topo. Mas para manter o padrão elevado, fique atenta às críticas negativas. Se você está no ponto certo não se abala tanto, porque, geralmente, a autoavaliação é o que mais pesa. Nesse caso, a crítica apresenta a oportunidade de reavaliar seu procedimento. O que tem de ficar claro é que, a partir do momento que você entende e enxerga melhor a própria conduta, inclusive por meio da avaliação dos outros, é possível incrementar sua vida tornando-a mais produtiva.


Da mesma forma que ela, elevada, ajuda e estimula a pessoa ao desenvolvimento, a baixa autoestima implica em dificuldade e sofrimento. Nesse caso, o julgamento que se tem sobre si está baseado na valorização do que é negativo. É um mal estar constante consigo próprio! O foco no negativo pode estar tão arraigado que a pessoa com o problema não acredita que pode melhorar ou receber ajuda e, por conseqüência, deslanchar na carreira, por exemplo, ou se realizar em outras áreas da vida. Esta rigidez atrapalha a realização de vários projetos e, mesmo quando as coisas acontecem, são direcionadas ao fracasso. Os relacionamentos afetivos, em especial, ficam conturbados, sabotados pelo mau juízo de si mesma.

Outro fato que costuma ocorrer também é que as pessoas ao redor, inclusive o seu amor, consequentemente, espelha esse mal estar, reforçando assim o juízo negativo que a pessoa com baixa autoestima tem sobre si. E isso pode ser um elemento que pode afastar amigos e amores. Contudo determinados relacionamentos e situações de vida podem mexer com a autoestima para mais ou para menos. Então, o que fazer para melhorar? Um bom começo é detectar em que nível está a sua autoestima. Ela precisa melhorar? Você está satisfeita? Se ainda não sabe avaliar, tente se aprofundar no tema por meio de palestras, leituras e tudo que possa esclarecer o assunto. O segundo passo para incrementar e equilibrar a autoestima, é a terapia. Por isso, mãos à obra, você merece esse carinho!





segunda-feira, 26 de março de 2012

PERDOAR FAZ PARTE DA VIDA

REVISTA UMA : edição 12




Quando se fala a respeito do perdão, a tendência de quem perdoará e de quem espera ser perdoado, é linkar essa palavra ao sentido atribuído a ela pelo catolicismo: absolver da pena, anistiar, ausentar de dívida, ou seja, libertar de um fardo, um peso ou uma dívida aquele que é perdoado . No entanto se olharmos sob outro ângulo, o perdão pode ser um ato muito mais relacionado a quem perdoa do que aquele que é perdoado. Nas relações interpessoais, quem esta sujeito ao perdão é aquele que causou raiva ou ressentimento no outro. Em função disso, as lembranças ligadas à experiência que tanto magoou , trazem sofrimento.

Sim, muita gente acredita que perdoar implica no esquecimento da experiência desagradável que tanta dor e inquietação causou. A partir desse ponto de vista um tanto equivocado, se acredita também que quanto menos se falar sobre o tema desagradável mais rapidamente ele será ¨esquecido¨ e conseqüentemente o ¨pecador¨ terá maior chance de ser perdoado. Não há duvida que o tempo ameniza a dor e dilui um pouco a memória dos acontecimentos, porém as experiências mais difíceis da vida são aquelas que menos tendemos a esquecer.

Perdoar seria então conseguir chegar ao estágio onde o ressentimento ou a raiva em relaçao à outra pessoa ou a si mesmo não mais provoquem reações desagradaveis e sofrimento na pessoa que foi magoada. A partir disso, quem perdoou , conviverá com as memórias, que não se apagam, daquilo que tanto o magoou, de outra forma, uma forma isenta de sentimentos, digamos que de uma maneira¨neutra¨. Após o perdão, essas lembranças passam então a serem menos freqüentes. A intensidade começa a diminuir e a qualidade de vida e até a saúde física e psíquica da pessoa tende a melhorar.

Diferentemente da tradição católica, aquele que perdoa se livra então do peso do sofrimento, da raiva e do ressentimento. Além disso, perdoar pode ser bastante delicado em diferentes contextos e, quando se trata de traição em relacionamento afetivo, fica então mais delicado ainda. Isso porque, pó exemplo, um novo envolvimento torna-se mais difícil, pois o novo objeto amoroso facilmente será alvo de sentimentos ruins tão logo, algo que foi dito ou algum gesto ou comportamento relacionado à experiência anterior que deixou raiva, ressentimento e sofrimento, despertem sentimentos que tocam diretamente na ¨ferida¨.
Um subgrupo daqueles que passaram por uma grande decepção afetiva, procura terapia quando percebem uma espécie de¨ trava¨ para um novo relacionamento. Nesses casos, simplificando um pouco, também poderíamos dizer que ainda não foi possível ¨perdoar¨ o que aconteceu, porém buscar na terapia a possibilidade de elaborar a experiência ruim já é uma grande saída para obter melhor qualidade nos futuros relacionamentos. Assim, perdoar seria o processo de cicatrização das feridas que deixam então de incomodar pela dor. Porém as cicatrizes que ficaram trazem a lembrança que melhores escolhas virão. Pense nisso !

quarta-feira, 14 de março de 2012

ATENÇÃO: seu filho precisa de limites !

REVISTA UMA : edição 128

Há um século atrás, quando uma criança manifestava qualquer tipo de reação emocional não adequada, era sempre o cuidado do médico que era requisitado.
Foi há pouco tempo que a infância foi entendida pela psicologia como uma fase importante da vida que requer atenções especiais. Constatou-se ainda que o psíquico se expressa por meio do corpo, e ambos interagem. Foi também por esse motivo que mais atenção passou a ser dedicada ao desenvolvimento psíquico da criança.
No entanto nem sempre foi assim. A educação dos infantes vinha acontecendo de forma cruel, com castigos violentos e/ou humilhações. Durante muito tempo, essa foi a maneira adotada pelos pais e educadores como forma de impor limites e estabelecer de regras aos pequenos.

As conseqüências? Varias pesquisas na área da psicologia constataram que pessoas que foram submetidas a maus tratos físicos e psíquicos, enfrentam ao longo da vida, inúmeras complicações, em decorrência desses traumas vivenciados na infância.
A educação infantil deixou, a era do autoritarismo para a democratização da relação pais e filhos.
Porém, esse progresso não implica fazer tudo o que os filhos desejam e nem deixar que eles façam tudo o que querem.

A questão do limite é complexa. Entender a criança não é tão fácil quanto aparenta, é trabalhoso e exige antes de tudo muito autoconhecimento.
Com tantas demandas, inseguranças ou mesmo por se sentirem insuficientes ou culpados (sentimentos comuns às pessoas) alguns pais, acabam tentam recompensar os filhos fazendo demasiadas vontades e falhando na hora de atribuir responsabilidade deveres a eles.
O termo ¨ limite¨ na fase do desenvolvimento, não se restringe à potencialidade física da criança, mas sim ao que se refere a tolerância à frustração, respeito ao outro e aceitação de regras coletivas. Esses conceitos podem também ser exercitados por meio de jogos onde a criança precisa observar e respeitar o outro, as regras e o tempo, além de ter a oportunidade de vivenciar e trabalhar inseguranças e frustrações.

Limites implicam também em fazer a criança entender que seus direitos acabam onde começa o do outro, extensivo aos pais. Entendendo e respeitando também o espaço dos pais e vice e versa, a criança estará mais apta a desenvolver maior empatia por seus professores, por exemplo e com questões relacionadas à autoridade. A criança que ao longo do desenvolvimento não amplia essa percepção, cresce com uma deformação na forma de perceber o outro.
A covardia foi abolida por muitos com base no bom senso, porém agora foi finalmente condenada por lei. Contudo alguns pais parecem ter ficado sem essa “ferramenta”, antes considerada instrumento educativo, não a substituindo por outra, como por exemplo, a aquisição de conhecimento sobre limites e desenvolvimento infantil. Dessa forma restou um espaço vazio na relação entre esses pais e seus filhos, o qual foi preenchido por uma enorme permissividade. Crianças cujas vontades imperam dentro do lar ou da família terão as mesmas expectativas em relação à vida adulta, pois reproduzirão na sociedade a mesma dinâmica familiar em questões de respeito ao próximo, integridade, valores.

Questione a sua maneira de educar!