segunda-feira, 11 de abril de 2011

O PODER DAS MULHERES

Revista UMA - abril 2011


Os tiros de largada que introduziram a mulher no mercado de trabalho foram as duas grandes guerras mundiais.  Com os homens concentrados no front força da mão de obra feminina se fez necessária em diferentes segmentos.
Até meados do século passado a mulher que trabalhava “fora”, era vista como não muito respeitável.  Se ela “tivesse a sorte” de cair na graça  do “patrão” e casar-se com ele, deixaria então a dura vida e se transformaria emmadame”.
Mas nem todas tinham esse objetivo. Estas viam, na independência econômica e no reconhecimento intelectual, uma conquista e um veiculo de realização pessoal outras foram empurradas para o trabalho fora do lar, quando somente o salário do homem não mais era suficiente e a obtenção de direitos socias vinculou-se à produção.
Aqui ela se tornou “mais poderosa” e adquiriu papeis que antes eram exclusivamente dos homens: o sustento e a competitividade profissional. Porém, ficou abaixo, pois os salários sempre foram inferiores e as pesquisas comprovam que as mulheres são tão competentes quanto os homens e as vezes, até mais. Na Suécia, um dos paises onde existem mais mulheres em cargos poderosos, os salários delas ainda são inferiores aos dos homens

 No entanto a grande guinada do poder feminino veio com a pílula anticoncepcional nos anos 1970, que conferiu maior autonomia sobre o próprio corpo. Com a independência econômica aliada a pílula algumas já não enxergavam mais a função de um homem em suas vidas, alem da reprodução. A partir daí começaram a surgir as “produções independentes”. Além disso,  elas “conquistaram” áreas consideradas exclusivamente masculinas, como o mundo das ciências exatas e até o cargo de presidência de um país em desenvolvimento. A grande maioria que constituiu família, no modelo tradicional, pai mãe, filhos, e que se dedicou também à vida profissional, passou a ter suas jornadas mais pesadas.  Além da criação dos filhos, dos cuidados com o lar e o marido, elas ainda trabalham fora de casa. Nesse processo, a mulher adquiriu inúmeros novos papéis e atribuições. Na ultima década, em paises considerados desenvolvidos, o número de mulheres que faltam ao trabalho por motivo de doença tem aumentado consideravelmente e o diagnóstico mais comum é a síndrome do Burnout.
Alguns sintomas são: esgotamento físico e mental intenso, depressão, mudanças evidentes no comportamento, isolamento, desesperança, dores de cabeça, tremores, falta de ar, oscilações de humor, distúrbio do sono, dificuldades de concentração (esquecimento), problemas digestivos e assim por diante, muita vezes confundida com TPM e problemas psíquicos.

Mas o que aconteceu? Ao mesmo tempo em que as mulheres adquiriram múltiplas funções os homens em geral, parecem não ter acompanhado esse processo. E as mulheres ficaram sobrecarregadas de responsabilidades e afazeres e conseqüentemente mais sozinhas. No dia a dia entre homem e mulher a grande maioria vem enfrentando dificuldades em traçar um novo formato de convivência e orçamento familiar a partir das ”aquisições” femininas. Mais do que nunca se tornou necessário compartilhar, respeitar, dividir tarefas.  Enfim compreender uma situação nova que, antes não existia. A mulher moderna busca, em primeiro plano, um companheiro, amigo e amante que a compreenda, respeite e admire.
Ela precisa usar sua força para ajudar os homens, filhos, maridos, amigos, a também conquistar seus novos papéis.




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