sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CONFESSE, VOCÊ JÁ SENTIU INVEJA?

Revista UMA - novembro 2011



A inveja nada mais é que o desejo por aquilo que se considera objeto de aspiração na outra pessoa – pode ser atributos, posses, habilidades ou status social. O processo é mais ou menos assim: ¨Invejo no outro aquilo que não possuo, mas gostaria de possuir¨.
Por vezes a inveja é considerada como sendo um dos piores defeitos de uma pessoa. A explicação para tal pode remontar à tradição católica, pois esse sentimento está vinculado a um dos sete pecados capitais . No entanto a inveja é como qualquer outro sentimento e mesmo assim é constantemente negada - que muita gente afirma : ¨Eu? Eu não sinto inveja¨! Mas ela é sentida por qualquer um e o que diferencia, de pessoa para pessoa, é a forma como é sentida e a maneira como se apresenta no que diz respeito à intensidade, constância e grau de destrutividade.

Esse tipo de sentimento é sempre fruto da admiração já que no intenso desejo de ser ou ter o que outro tem, o invejoso idealiza a realidade do invejado ocupando-se então demasiadamente com a existência dessa pessoa. Sim, a inveja tem um lado destrutivo, se tornando um problema quando a barreira da admiração é rompida; em alguns casos pode levar o invejoso até a praticar um ato criminoso para conseguir o que deseja.
Essa destrutividade pode ser observada quando o invejoso tenta desqualificar e, até mesmo destruir o outro, sentindo-se realizado com a desgraça do invejado. Nesse caso patológico, quem sofre do mal é capaz de caluniar, perseguir podendo até mesmo desejar a morte do invejado. Quando esse impulso destrutivo é muito forte, o invejoso passa praticamente a viver a vida do outro e isso acaba sendo danoso tanto para o invejado quanto para próprio invejoso.
Por conta disso a inveja destrutiva gera a incapacidade de explorar seu próprio potencial e não possibilita enxergar as próprias qualidades. Alem disso o invejoso pode apresentar quadro depressivo, auto destrutividade, agressividade e até tendências suicidas, devendo então procurar ajuda profissional. Além da sensação de injustiça, a insegurança, a baixa autoestima e o sentimento de incapacidade sao caractrerísticas comens aos invejosos.
Mas a inveja também tem seu lado construtivo quando permanece na esfera da admiração e pode até te levar o invejoso para frente. Nesse caso, o invejoso não deseja o mal do invejado. Ao contrário, os atributos do outro servem de modelo e inspiração funcionando como força motora para o desenvolvimento do invejoso, propiciando a ele maior possibilidade de alcançar seu próprios objetivos. Esse tipo de inveja, a construtiva, é mais comum em pessoas que não possuem autoestima tão baixa e nem o sentimento de inferioridade tão marcado.
Sentimentos de inveja, raiva e ciúme são tão importantes quanto a visão e a alimentação, por exemplo. Esses sentimentos se manifestam já na infância e todos eles contribuem na formação e transformação da própria identidade.

Assim, identificar e aprender a lidar com a inveja é fazer com que o sentimento, em tese negativo, impulsione ações positivas.



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